Sobre inspirar e ser inspirada…

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Não sei se vocês sabem, mas eu sou professora. Dou aulas desde os meus 19 anos – com uma pequena pausa de um ano e meio entre 2004 e 2006 – e já reparei que há duas maneiras diferentes que as pessoas reagem quando sabem qual é a minha profissão:

1 – Olham pra mim com uma cara meio triste, dão aquela viradinha de cabeça e dizem coisas do tipo “ah, coitada de você” ou “nossa, que coragem!” e partem para aquele já conhecido discurso sobre como é uma profissão não reconhecida e difícil, sobre como provavelmente eu trabalho muito e ganho pouco e etc e etc e etc.

ou

2 – Olham pra mim com um quê de adoração e dizem coisas do tipo “nossa, que maravilha!” ou “você é uma pessoa incrível por fazer isso!” e partem para aquele já conhecido discurso sobre como é uma profissão não reconhecida e difícil, sobre como provavelmente eu trabalho muito e ganho pouco e etc e etc e etc.

Acho engraçado como são duas visões bastante diferentes, mas ao mesmo tempo extremamente parecidas. Ou eu sou uma pobre coitada digna de pena, que tem coragem fora do normal, ou eu sou uma deusa de paciência e inteligência extremas. No final, claro, acabo escutando a mesma coisa, sobre a profissão não ser valorizada e professor ganhar pouco e tudo aquilo que coloquei ali e escutei mil vezes.

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“Where you lead, I’ll follow anywhere that you tell me to…”

 

Já faz um tempinho que eu e a Marcela falamos em trazer o blog de volta, mas parece que sempre tinha alguma coisa no caminho – por alguma coisa, eu quero dizer essa vida adulta que nos persegue – e nada de novos posts… Mas hoje é domingo, eu estou de férias e me dei conta de que tudo que a gente precisa fazer é começar… Então, Má, comecei hoje – jogo a bola pra você! 😉

E no meio desse processo de trazer o blog de volta, a maior dúvida era sempre o tema… De vez em quando parecia que eu estava cheia de ideias, mas nada parecia suficiente para um texto, sabe? Achei que as férias me trariam ideias e vontade de escrever, mas a verdade é que as férias me jogaram num buraco negro de Netflix, sofá e Coca-Cola e foi aí que eu me dei conta de que o tema para essa postagem era muito, muito, MUITO óbvio: Gilmore Girls!

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“Backstreet’s back, alright!?”

O ano era 1998. Eu tinha acabado de mudar de colégio, de bairro e, consequentemente, de vida (porque, claro, aos 14 anos tudo é assim dramático e exagerado) quando os conheci. E, por incrível que pareça, eu lembro exatamente como foi…

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Das definições…

Acho que posso, facilmente, dizer que sou definida por palavras. Afinal, palavras me cercam o dia inteiro: na minha profissão, as estudo, analiso e ensino; na minha diversão, viajo com as presentes nos mais diferentes tipos de livros; no meu coração, elas são a melhor maneira de lidar com qualquer sentimento que eu venha a ter…

Escrever e ler são duas das coisas mais importantes que eu farei até o final dos meus dias. Escrever e ler me definem, fazem de mim a Luciana que sou, e são dois atos que só existem porque há palavras nesse mundo, ou seja, volto a dizer que o que me define, são as palavras…

Quando leio – e olha que essa é uma das minhas atividades preferidas – eu uso as palavras para fugir da minha realidade e viver outras histórias, outras vidas e outras sensações. Viajo para outras terras – ou outros tempos ou outros mundos – e lá sinto as dores, os amores, as conquistas e derrotas de gente que nem existe, mas que se tornam mais do que reais na minha mente. A leitura é aquele tipo de coisa que é, na minha vida, constante: todo o resto pode estar dando errado, confuso e doloroso, mas um livro faz tudo ficar certo de novo, mesmo que temporariamente…

Quando escrevo – outra coisa que gosto muito de fazer, apesar de não ser tão frequente quanto gostaria – eu uso as palavras para lidar com a minha realidade, seja ela qual for. É por meio das palavras que eu faço o possível para tornar certo tudo o que sinto errado: minhas dores, decepções e frustrações ficam sempre mais claras e menos pesadas quando em palavras escritas. É também por meio das palavras que eu expresso minhas alegrias, minhas paixões e minhas conquistas. Seja de forma objetiva ou subjetiva, sendo clara ou “poética”, as palavras me ajudam a falar sobre os livros que me fazem feliz, sobre as séries que me completam, sobre os filmes que me conquistas e sobre as músicas que me embalam…

É, palavras são definitivamente parte integrante de mim, não há como negar. Elas me envolvem, me ajudam, me atrapalham, fazem com que o abstrato se torne concreto e com que o concreto seja abstrato. As palavras escritas são minhas constantes companheiras, não há como discutir…

Então não podia perder a oportunidade de ter um novo espaço para usar das palavras escritas para falar sobre o tudo e sobre o nada da minha vida. Quando surgiu a ideia, numa conversa aleatória no WhatsApp, sobre um outro assunto qualquer, eu tive que fazer o possível para torná-la concreta. E é com uma alegria imensa que eu inauguro esse espaço hoje, falando sobre o porquê de eu fazer questão de compartilhar minhas palavras – sejam elas sobre o que for – com o mundo lá fora.

Alegria maior, porém, vem do fato de eu poder dividir esse espaço com uma pessoa que é, sem dúvida nenhuma, parte integrante da minha vida. Quem se aventurar pelo menu ali em cima, vai ver que explicamos o que exatamente é o CIP do título e o fato desse espaço ser compartilhado com a Marcela (e, possivelmente, com outras pessoas do grupo – se dermos sorte) o torna ainda mais especial.

Pode ser que nossos textos constantemente se complementem – assim como pode ser que nossos textos não tenham absolutamente nada a ver um com o outro. Pode ser que a gente concorde quando falarmos da mesma coisa, ou pode ser que escolhamos falar da mesma coisa de maneiras completamente opostas. A verdade é que aqui, em textos, em palavras, em imagens, vocês acompanharão pessoas diferentes com uma coisa em comum: o amor e a amizade que nos une.

(e que venham postagens das outras CIP, para fazer volume e embelezar ainda mais esse espaço que tem um potencial monstruoso)

Sejam bem vindos à minha vida. Como vocês devem imaginar, ele é povoado de palavras e de loucura…